terça-feira, 4 de outubro de 2011

Testemunho da jovem peregrina

Durante a preparação para essa Jornada, tive a oportunidade de conviver com jovens que já participaram de outras jornadas e sempre ouvia deles que uma Jornada Mundial da Juventude muda uma vida, mas não levava muito a sério, até que experimentei na carne o que isso realmente queria dizer.
      Sai do Brasil muito feliz e agradecida por tudo que estava acontecendo, sem imaginar o que aconteceria por lá. Sabia apenas que valeria muito a pena! Anúncios, Liturgia das Horas e Eucaristias sempre estavam em nossa programação. Tempo livre nem tanto, mas para quê?
      Todos os jovens brasileiros do Caminho Neocatecumenal tinham a missão de anunciar em Lisboa: nos enviavam dois a dois a lugares que não conhecíamos para testemunhar o amor de Deus. De Lisboa a Madri,  durante os anúncios, experimentei o desprezo dos europeus pelo cristianismo e tudo que escutei dos catequistas a respeito da Europa secularizada fazia mais sentido naqueles momentos. Ver os sofrimentos dos mais velhos que choravam por seus filhos e netos, que não acreditavam mais em Deus e na Igreja, tudo isso mexeu demais comigo; ver jovens tão belos, mas tão vazios, sem sentido na vida, sem uma palavra.
      Outro momento marcante foi a vigília com o Papa. Apesar do desconforto e cansaço, a alegria de estar ali era muito maior, alegria por experimentar a força da oração de forma concreta, quando todos viram a chuva parar. E por ver mais de dois milhões de jovens reunidos, assumindo seu catolicismo. Ver a unidade da Igreja, ver que existem diversos grupos, mas um só Jesus Cristo que levou-nos à Jornada Mundial da Juventude, para mostrar que não estamos sós e que devemos permanecer firmes na fé.
      Essa Jornada deixou claro que meu lugar é perto de Deus e na Igreja. Mostrou-me também, através de uma conversa com um seminarista, que eu poderia fazer tudo que eu quisesse contanto que não pecasse. Ele me ensinou que cada um tem seu tempo, que é preciso respeitá-lo e o mais importante: a conversão tem que partir do nosso querer; não se pode esperar e nem querer que alguém mude sem que esse também o queira.
      Mas vamos à pergunta mais importante: POR QUE VOCÊ DEVE IR A UMA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE? Porque você precisa disso! Porque é inesquecível! Porque trinta linhas (espaço que disponho para contar minha história na JMJ) não podem descrever o que você viverá lá! Porque é alegria verdadeira! Porque, nem que seja num detalhe, mudará sua vida, como mudou a minha!


Adriana Nobre

Nenhum comentário:

Postar um comentário